Publicados em 2015 pela Cúpula das Nações Unidas, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) foram criados com o intuito de transformar o nosso planeta até o ano de 2030. É uma agenda de ações composta por 17 medidas e 169 metas para serem atingidas nesse prazo.

Uma dessas metas está relacionada com a questão da água potável. Segundo estatísticas, cerca de 1,1 milhão de pessoas no mundo não tem acesso à água potável. E a situação piora. Segundo levantamento da própria ONU, até 2050, 45% da população mundial vai sofrer com a escassez desse insumo. A poluição é uma das principais causas da falta de água potável. Lixo e resíduos acabam sendo descartados nos mananciais diariamente, o que acaba poluindo a água. Diante disso, conheça os principais desafios apontados pelo ODS número 6 para fornecer água potável para todos.

Os principais desafios para a sustentabilidade da água potável no mundo

O intuito desse ODS é garantir água potável, sua gestão sustentável e disponibilidade para todos. Mas será necessário enfrentar uma série de desafios para alcançar essa meta de desenvolvimento sustentável. Antes de tudo, é preciso melhorar e ampliar todas as ações que já existem para a universalização da água potável. O planejamento continua.

O primeiro desafio é a escassez da água. Com o crescimento da população mundial e também das indústrias, a qualidade ambiental está sendo afetada, prejudicando diretamente as pessoas. As bacias hidrográficas sofrem contaminação diária, e os recursos hídricos são fundamentais para que o objetivo de água potável seja alcançado.

No Brasil, por exemplo, os investimentos feitos pelas companhias de saneamento estatais e municipais para promover uma gestão dos recursos hídricos e saneamento para todos são insuficientes e defasados.

Tudo está ligado. Esgotos sem tratamento aumentam o risco de doenças pela água; agrotóxicos utilizados na agricultura podem causar problemas na fauna aquática e também contaminar a água; efluentes industriais e orgânicos reduzem o oxigênio e podem gerar contaminação química; e erosão também aumenta a turbidez e o assoreamento dos rios, além de poluí-los.

As perdas do insumo no processo de transporte e produção de água potável é outro problema grave enfrentado no mundo. Vários fatores podem causar isso, como a qualidade do tratamento da água, roubos nas linhas de distribuição do insumo, desvios e até rompimentos causados por terceiros.

Para resolver isso, as companhias de distribuição de água potável criaram programas de controle de perdas. Geralmente, esses controles demonstram ser a solução mais econômica para o aumento da demanda. Quando o reservatório serve para fornecer água potável para a população, os gestores precisam aumentar os cuidados para garantir a qualidade desse insumo.

O desafio de gerar água de qualidade influencia diretamente o objetivo de garantir água potável e saneamento para todos. Alguns problemas com a qualidade da água merecem uma atenção especial, já que ela pode ser alterada nas suas diversas formas.

Os problemas com os recursos hídricos, segundo o ODS em questão, são causados por incapacidade administrativa, governança ineficiente, material humano em menor quantidade e/ou qualidade que o necessário, falta de punição para infratores, ausência de cultura ambiental, sistema de saneamento deficitário, falta de conscientização em fazer racionamento e o crescimento desordenado da população.

Todos esses fatores somados aos demais problemas crônicos dos países, como a poluição, a falta de educação de qualidade, transporte público ineficiente, desigualdade social e políticas públicas inadequadas, dificultam a universalização da água potável.

A gestão dos recursos hídricos é o grande desafio para o Desenvolvimento Sustentável. E estes são alguns dos pontos elencados pelo ODS número 6 até 2030:

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O Brasil tem a sorte de possuir a maior reserva de água potável do mundo: 12% de toda a água doce do planeta - ou seja, da água própria para consumo. Um elo fundamental do abastecimento de água no Brasil são os rios. O problema é que, ano após ano, entidades ligadas ao meio ambiente denunciam o aumento da poluição dos rios do país.

A Fundação SOS Mata Atlântica divulgou, em março de 2018, o resultado do levantamento feito em 102 municípios dos 17 Estados que compõem a Mata Atlântica, além do Distrito Federal. No total, foram avaliados 230 rios, córregos e lagos de bacias hidrográficas do bioma, segundo essa reportagem da Gazeta Online. Desse total, 4,1% dos pontos de coleta avaliados possuem qualidade de água considerada boa. A maioria - espantosos 75,5% - está em situação regular, e 20,4% já apresentam qualidade de água ruim ou péssima.

Conheça as causas mais frequentes para a poluição dos rios

Especialistas consultados pelo portal UOL para falar sobre a qualidade da água no país e sobre a poluição dos rios concordam nessa matéria que o Brasil não faz uma boa gestão da água, planeja mal o seu uso e desperdiça muito esse recurso fundamental para a vida humana.

Na opinião do geólogo Claudionor Araújo, os governos - municipais, estaduais e federal - e a população dividem a responsabilidade sobre o assunto. Outro especialista ouvido pelo UOL, o meteorologista aposentado do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e da Universidade Federal de Alagoas, Luiz Carlos Molion, o Brasil “ainda não aprendeu lições para cuidar bem de seu recurso hídrico”.

Confira, abaixo, alguns dos principais fatores que contribuem para a poluição dos rios no Brasil:

1. Esgotos domésticos

Em grande parte os municípios brasileiros, o sistema sanitário é precário. De acordo com o Instituto Trata Brasil, somente 37,9% do esgoto produzido no país é tratado. O restante recebe uma destinação incorreta e uma boa parcela vai parar nos rios de grandes cidades.

Como consequência disso, ocorre um aumento de matéria orgânica na água, o que resulta em um maior número de determinados micro-organismos e na dificuldade de outros tipos reproduzirem-se. Esse fenômeno é conhecido como eutrofização.

Esse esgoto é também causador da morte de peixes, do mau cheiro e da proliferação de doenças em enchentes.

2. Efluentes industriais

Efluentes industriais são os resíduos líquidos produzidos pelas atividades industriais e que são lançados nos rios.

Esses resíduos apresentam diferentes características, dependendo do tipo de atividade industrial. No entanto, eles podem trazer efeitos tóxicos nos seres vivos que ali habitam, provocando mortes de peixes e de outros tipos de vida, como também são nocivos aos humanos da região, causando doenças e outras complicações.

Esse tipo de prática é considerado crime ambiental. No entanto, é bastante comum, principalmente em lugares em que a fiscalização é mais deficiente.
Algo parecido também ocorre no campo. O uso indiscriminado de agrotóxicos faz com que os compostos químicos ali presentes alcancem o lençol freático e cheguem aos rios, contaminando-os.

3. Metais pesados

Metais pesados são altamente tóxicos e podem acumular-se em organismos e causar doenças sérias, como o câncer. Essas substâncias – mercúrio, cádmio, chumbo, entre outros – costumam ser liberadas por empresas que não realizam os procedimentos corretos com os rejeitos e despejam tudo nos rios.

4. Poluentes orgânicos persistentes

Conhecidos por POPs, são pesticidas e químicos industriais. Esses poluentes não se degradam facilmente e espalham-se na natureza por correntes aéreas ou mesmo pela água.

5. Lixo

Não fazer a destinação correta do lixo pode parecer uma atitude “inofensiva” à primeira vista. Afinal de contas, que mal vai fazer um pequeno pedaço de plástico, não é?

No entanto, somando todos esses pequenos objetos, eles causam, sim, um grande impacto negativo no meio ambiente. E nos rios é ainda pior. Os plásticos são responsáveis pela morte e pelo engasgo de milhares de peixes e de outras espécies fluviais.

Soluções para evitar o aumento da poluição dos rios

Como se pôde ver, a poluição e a contaminação dos rios são problemas graves e que precisam ser levados a sério. Falta de saneamento básico, lançamento de poluentes nas águas por empresas e falta de conscientização das pessoas são comportamentos que precisam mudar se quisermos manter nossos rios limpos. Do contrário, a água potável vai diminuir e doenças vão surgir.

Confira algumas atitudes simples que podem contribuir e muito para a preservação dos rios:

Ou seja, só com uma política pública de conscientização e fiscalização de nossas águas é que conseguiremos avançar no combate à poluição dos rios.

 

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